Figura conhecida e amada da galera rock da cidade, Fernando Constantino, mais conhecido como Velho, já surpreendia pelo personalidade e presença marcantes nas bandas que passou. Eis que ele tira da cartola, ou melhor, do baú de tesouros, talvez o projeto mais criativo da ilha no momento: como Velho Teddy ele conta histórias infantis musicadas com influência do melhor do rock'n'roll. Mais uma faceta da nossa São Chico do Rock. Por Paulo Reis.
[Grito Coletivo] Quando começou o Velho Teddy?
[Velho Teddy] Por volta de fevereiro de 2015.
[Grito Coletivo] Como define o estilo quem vem fazendo?
[Velho Teddy] Diria que é pouco de tudo. Tento não me
prender a um só estilo.
[Grito Coletivo] Como nasceu a
ideia do Velho Teddy?
[Velho Teddy] Estava trabalhando
como professor e comecei a adaptar algumas aulas usando música. Daí em diante a
ideia de musicar contos infantis surgiu e o projeto foi acontecendo.
[Grito Coletivo] Você foi por
muitos anos baixista e vocalista da Kid Natasha, como é agora tocar sozinho?
[Velho Teddy] No começo foi
complicado, pois é uma outra estrutura de trabalho. Mas com o tempo fui me
adaptando, e posso dizer que tem sido uma experiência bem produtiva pois evolui
mais, expandi meus horizontes buscando vários elementos em sons diferentes.
[Grito Coletivo] Quais as
principais influências para este projeto?
[Velho Teddy] Com certeza Os
Mutantes, pelo fundo psicodélico das histórias, e também o Hélio Ziskind,
mestre na arte de som infantil.
[Grito Coletivo] Conte um pouco
sobre as gravações que estão acontecendo lá no 2K Estúdio?
[Velho Teddy] Está saindo aos
poucos, até porque foi difícil encontrar músicos interessados em gravar. Mas
felizmente a primeira história já saiu e estamos agendando datas para iniciar a
gravação da segunda história.
[Grito Coletivo] Quem são os
músicos que estão te acompanhando neste projeto?
[Velho Teddy] Cara, dei sorte!
Estou tocando com um cara muito criativo chamado Rodrigo Passos. Ele é
guitarrista, mas nesse projeto está no baixo. E na bateria está esse cara
incrível que é o Kelwin Grochowicz. É um power trio! Sempre quis! Inclusive,
você está convidado para uma participação nas Teclas da próxima história.
[Velho Teddy] Seis faixas com as
versões dos contos infantis, além de
algumas outras de sons que marcaram minha infância.
[Grito Coletivo] Quais os planos
pra depois de concluída as gravações?
[Velho Teddy] Buscar um grupo que
tenha interesse em encenar um teatro de fundo das histórias, além de buscar o
acompanhamento de uma orquestra.
[Grito Coletivo] Que tipo de
lugares estão abertos para este tipo de projeto?
[Velho Teddy] Por ser um som
nostálgico, há bastante variedade: desde escolas a feiras culturais, teatros e
festivais de música. Afinal, quem não curte cantar e dançar as músicas que
marcaram sua infância?
[Grito Coletivo] A sua banda
anterior, Kid Natasha, sempre esteve engajada nos principais movimentos
musicais da cidade. Você pretende continuar participando destes movimentos?
[Velho Teddy] Sim, acredito que
independentemente do estilo musical a cena precisa se fortalecer.
[Grito Coletivo] Qual a
importância do engajamento do músico com este tipo de trabalho de gestão e
produção?
[Velho Teddy] É preciso estar
totalmente focado, já que muitas ideias podem ajudar, como também atrapalhar.
[Grito Coletivo] Você enxerga um
bom espaço e oportunidades para vocês na cena atual?
[Velho Teddy] Com certeza, pois é
um tipo de som que tem poucas restrições quanto ao ambiente e público.
[Grito Coletivo] Na sua visão, o
que mais dificulta a cena musical São Chicana de progredir mais?
[Velho Teddy] A falta de união
entre os parceiros. Só reclamar a pouca falta de espaço é fácil, mas não
resolve o problema.
[Velho Teddy] Olha, a eficiência
é a variedade de estilos musicais. A deficiência é o pouco reconhecimento e
consequente falta de investimento no trabalho dos músicos. É claro que já vimos
vários festivais acontecerem, mas isso ocorreu devido a dedicação de todo um
grupo, algo que poderia acontecer sempre.
[Grito Coletivo] Recentemente
você lançou umas das músicas deste projeto em vídeo, como tem sido o feedback?
[Velho Teddy] O mais positivo
possível! Tem alcançado muitas pessoas, apesar de ter sido lançado a pouco
tempo.
[Grito Coletivo] Quais os
objetivos para 2016?
[Velho Teddy] Estou focado em
desenvolver o projeto. Pretendo fazer uma tour gratuita pelas escolas de São
Chico para divulgar meu trabalho. Também vou me inscrever para o festival de
música “Não Vai Ter Coca”, que acontece aqui na cidade em maio. Além disso,
recebi um convite para ingressar na ABCH (Academia Brasileira de Contadores de
História).
Contato:
Fernando Constantino -
(47) 97925506 / (47)97925509
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