sábado, 26 de março de 2016

Velho Teddy: o conto e o rock.

Figura conhecida e amada da galera rock da cidade, Fernando Constantino, mais conhecido como Velho, já surpreendia pelo personalidade e presença marcantes nas bandas que passou.  Eis que ele tira da cartola, ou melhor, do baú de tesouros, talvez o projeto mais criativo da ilha no momento: como Velho Teddy ele conta histórias infantis musicadas com influência do melhor do rock'n'roll. Mais uma faceta da nossa São Chico do Rock. Por Paulo Reis.

[Grito Coletivo] Quando começou o Velho Teddy?
[Velho Teddy] Por volta de fevereiro de 2015.

[Grito Coletivo] Como define o estilo quem vem fazendo?
[Velho Teddy] Diria que é pouco de tudo. Tento não me prender a um só estilo.

[Grito Coletivo] Como nasceu a ideia do Velho Teddy?
[Velho Teddy] Estava trabalhando como professor e comecei a adaptar algumas aulas usando música. Daí em diante a ideia de musicar contos infantis surgiu e o projeto foi acontecendo.

[Grito Coletivo] Você foi por muitos anos baixista e vocalista da Kid Natasha, como é agora tocar sozinho?
[Velho Teddy] No começo foi complicado, pois é uma outra estrutura de trabalho. Mas com o tempo fui me adaptando, e posso dizer que tem sido uma experiência bem produtiva pois evolui mais, expandi meus horizontes buscando vários elementos em sons diferentes.

[Grito Coletivo] Quais as principais influências para este projeto?
[Velho Teddy] Com certeza Os Mutantes, pelo fundo psicodélico das histórias, e também o Hélio Ziskind, mestre na arte de som infantil.

[Grito Coletivo] Conte um pouco sobre as gravações que estão acontecendo lá no 2K Estúdio?
[Velho Teddy] Está saindo aos poucos, até porque foi difícil encontrar músicos interessados em gravar. Mas felizmente a primeira história já saiu e estamos agendando datas para iniciar a gravação da segunda história.

[Grito Coletivo] Quem são os músicos que estão te acompanhando neste projeto?
[Velho Teddy] Cara, dei sorte! Estou tocando com um cara muito criativo chamado Rodrigo Passos. Ele é guitarrista, mas nesse projeto está no baixo. E na bateria está esse cara incrível que é o Kelwin Grochowicz. É um power trio! Sempre quis! Inclusive, você está convidado para uma participação nas Teclas da próxima história.

[Grito Coletivo] Quantas faixas pretende gravar?
[Velho Teddy] Seis faixas com as versões dos contos infantis,  além de algumas outras de sons que marcaram minha infância.

[Grito Coletivo] Quais os planos pra depois de concluída as gravações?
[Velho Teddy] Buscar um grupo que tenha interesse em encenar um teatro de fundo das histórias, além de buscar o acompanhamento de uma orquestra.

[Grito Coletivo] Que tipo de lugares estão abertos para este tipo de projeto?
[Velho Teddy] Por ser um som nostálgico, há bastante variedade: desde escolas a feiras culturais, teatros e festivais de música. Afinal, quem não curte cantar e dançar as músicas que marcaram sua infância?

[Grito Coletivo] A sua banda anterior, Kid Natasha, sempre esteve engajada nos principais movimentos musicais da cidade. Você pretende continuar participando destes movimentos?
[Velho Teddy] Sim, acredito que independentemente do estilo musical a cena precisa se fortalecer.

[Grito Coletivo] Qual a importância do engajamento do músico com este tipo de trabalho de gestão e produção?
[Velho Teddy] É preciso estar totalmente focado, já que muitas ideias podem ajudar, como também atrapalhar.

[Grito Coletivo] Você enxerga um bom espaço e oportunidades para vocês na cena atual?
[Velho Teddy] Com certeza, pois é um tipo de som que tem poucas restrições quanto ao ambiente e público.

[Grito Coletivo] Na sua visão, o que mais dificulta a cena musical São Chicana de progredir mais?
[Velho Teddy] A falta de união entre os parceiros. Só reclamar a pouca falta de espaço é fácil, mas não resolve o problema.

[Grito Coletivo] Qual a maior eficiência e a maior deficiência da música São Chicana?
[Velho Teddy] Olha, a eficiência é a variedade de estilos musicais. A deficiência é o pouco reconhecimento e consequente falta de investimento no trabalho dos músicos. É claro que já vimos vários festivais acontecerem, mas isso ocorreu devido a dedicação de todo um grupo, algo que poderia acontecer sempre.

[Grito Coletivo] Recentemente você lançou umas das músicas deste projeto em vídeo, como tem sido o feedback?
[Velho Teddy] O mais positivo possível! Tem alcançado muitas pessoas, apesar de ter sido lançado a pouco tempo.

[Grito Coletivo] Quais os objetivos para 2016?
[Velho Teddy] Estou focado em desenvolver o projeto. Pretendo fazer uma tour gratuita pelas escolas de São Chico para divulgar meu trabalho. Também vou me inscrever para o festival de música “Não Vai Ter Coca”, que acontece aqui na cidade em maio. Além disso, recebi um convite para ingressar na ABCH (Academia Brasileira de Contadores de História).



Contato: 
Fernando Constantino - 
(47) 97925506 / (47)97925509

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