Daniela Nunes é uma daquelas
guerreiras que vão fundo nos seus sonhos. Muito comprometida com a cultura do município, foi com esta filosofia que ela
realizou nos últimos anos os projetos mais importantes da cultura São Chicana.
Dona do Dunas Arte Bar, único e fundamental palco para bandas autorais da
cidade e organizadora do Festival Não vai ter Coca, o maior da cidade, ela vem
dando novos rumos a cena. Por Paulo Reis.
[Grito Coletivo] Qual a história do Festival
Não vai ter coca?
[Daniela Nunes] R. O Festival Não Vai Ter Coca começou com a vontade de 3 amigos de se unirem para criar um festival de música, arte, oficinas e intervenções artísticas durante o Feriadão de corpus christi no ano de 2014. Essa vontade de criar esse festival ficou muito grande porque naquela época somente se falava sobre copa do mundo. Então o Emilio Monteiro, o Marlon Miranda e o Marcel Abe se reuniram e com 3 cabeças pensantes em um momento de alegria juntaram várias situações que estavam acontecendo. Na época a empresa coca-cola esteve nas mídias por um escândalo de terem encontrado um RATO em uma garrafa pet , ai ligando a situação de que eles queriam criar um ambiente que fosse fugir as loucuras da copa do mundo. Os meninos optaram em não vender coca-cola no evento porque a coca cola também era patrocinadora da copa do mundo, e resolveram colocar o nome do FESTIVAL de NÃO VAI TER COCA e usar um ratinho como símbolo da arte de divulgação. A primeira edição aconteceu no ano de 2014 em Brusque-SC, bem na época das comemorações da copa do mundo. A segunda edição, que foi no ano passado foi resolvido entre o Marlon Miranda e o Marcel Abe que o FESTIVAL seria sediado pela cidade de São Francisco do Sul e o evento aconteceu lindamente em são chico. Tivemos cerca de 850 pessoas durante os 4 dias de festival, 22 bandas e 19 oficinas. Tudo isso em um sitio lindo em meio a natureza e a 2 quilômetros da praia de Ubatuba e Itaguaçu. Após o termino da segunda edição do festival foi feito uma reformulação da organização do FESTIVAL. Atualmente são 4 organizadores: Daniela Nunes, Marcel Abe, Joao Paulo Carvalho e Dorli Ullrich Abe.
[Grito Coletivo] Este será o primeiro ano que
você assumirá totalmente a organização do festival, como se sente?
[Daniela Nunes] R. O Festival Não Vai Ter Coca começou com a vontade de 3 amigos de se unirem para criar um festival de música, arte, oficinas e intervenções artísticas durante o Feriadão de corpus christi no ano de 2014. Essa vontade de criar esse festival ficou muito grande porque naquela época somente se falava sobre copa do mundo. Então o Emilio Monteiro, o Marlon Miranda e o Marcel Abe se reuniram e com 3 cabeças pensantes em um momento de alegria juntaram várias situações que estavam acontecendo. Na época a empresa coca-cola esteve nas mídias por um escândalo de terem encontrado um RATO em uma garrafa pet , ai ligando a situação de que eles queriam criar um ambiente que fosse fugir as loucuras da copa do mundo. Os meninos optaram em não vender coca-cola no evento porque a coca cola também era patrocinadora da copa do mundo, e resolveram colocar o nome do FESTIVAL de NÃO VAI TER COCA e usar um ratinho como símbolo da arte de divulgação. A primeira edição aconteceu no ano de 2014 em Brusque-SC, bem na época das comemorações da copa do mundo. A segunda edição, que foi no ano passado foi resolvido entre o Marlon Miranda e o Marcel Abe que o FESTIVAL seria sediado pela cidade de São Francisco do Sul e o evento aconteceu lindamente em são chico. Tivemos cerca de 850 pessoas durante os 4 dias de festival, 22 bandas e 19 oficinas. Tudo isso em um sitio lindo em meio a natureza e a 2 quilômetros da praia de Ubatuba e Itaguaçu. Após o termino da segunda edição do festival foi feito uma reformulação da organização do FESTIVAL. Atualmente são 4 organizadores: Daniela Nunes, Marcel Abe, Joao Paulo Carvalho e Dorli Ullrich Abe.
Daniela Nunes (direita) com Jack Doung (centro) |
[Daniela Nunes] Bom, começamos explicando a
minha entrada para a organização do FESTIVAL NÃO VAI TER COCA, no ano passado,
ano de 2015. O Marlon Miranda veio a mim pedir uma ajuda em algumas coisas que
ele estava precisando e no decorrer dos dias fui mostrando a minha ajuda e
vontade de poder estar junto dessa organização. No termino do evento e com
muitos pontos positivos que o evento alcançou no ano de 2015, eu fui convidada
a fazer parte do corpo de organização do FESTIVAL. Me sinto desafiada e também
muito feliz por trazer um evento desse nível de performances artísticas,
apresentações de grupos folclóricos, apresentações de banda de renome em
festivais de grande porte e também poder oferecer para São Francisco do Sul um
evento desse nível CULTURAL. Estamos abrindo espaço para bandas de música
autoral e consecutivamente incentivamos essa galera a não parar com os seus
sonhos de levar a boa música e a disseminação da arte para os quatros cantos do
mundo.
[Grito Coletivo] A gente vem interagindo com
os artistas e público e é quase unanime a sensação de que o NVTC é o maior
festival que a cidade já teve, você concorda?
[Daniela Nunes] R. Acredito que sim, por se
tratar de um evento inteiramente independente sem nenhum tipo de patrocinador e
com a variação de arte cultural.
[Grito Coletivo] O que torna o festival tão
especial?
[Daniela Nunes] R. O Festival se torna muito
especial ao meu ver, por sua atmosfera mágica. Porque durante os 4 dias de
evento proporcionamos uns aos outros uma atmosfera psicodélica cheia muito amor.
Em cada toque, cada click das câmeras super poderosas que vão chegando com seus
fotógrafos muito fodas que ajudam muito com a sua arte porque é através da suas
visões e experiências que as outras pessoas vão sentir a se emocionar com um
evento feito inteiramente por pessoas que querem movimentar a cena da arte no
nosso país. Se torna mais especial ainda por querer divulgar a arte de pessoas
que estão nos bastidores da vida, dando a oportunidade de artistas nunca vistos
por um grande público se apresentarem e mostrarem o quanto é valioso seu dom
artístico. Mais especial ainda porque o FESTIVAL NÃO VAI TER COCA é um pequeno
festival, mas de contra partida estamos super empenhados em divulgar a arte de
todas as formas e também nos preocupamos com a questão de
consciência ambiental. O Festival acontece em um lindo sitio em São Francisco
do Sul, sitio esse do seu Gilberto e da dona Ledir, um sitio com um SAMBAQUI de
mais de 5mil anos, um lugar incrível em meio a natureza, com animais, lagos,
mato, amor, carinho e muita dedicação. Todo
lixo que será produzido durante o festival será devidamente selecionado e
separado através de lixeiras identificadas para que o nosso lixo vá para uma
empresa de reciclagem e possa render uma graninha pra alguém além de nós. Todo
lixo orgânico produzido durante o evento será selecionado e criaremos uma
composteira para poder ensinar as pessoas que tem esse interesse de conhecer
como funciona pra produzir uma composteira no quintal da sua casa. Assim vamos
deixar um adubo prontinho para os donos do sitio colocarem lá na horta. Por
isso te digo que este FESTIVAL é muito especial.
[Grito Coletivo] Porque o festival é tão
importante para a cena local?
Dani recepcionando público no NVTC 2015 |
[Daniela Nunes] R. Trazendo a missão de
divulgar a arte e cultural regional num âmbito geral. Acreditamos que nossa
ideia de criar um evento onde estamos abrindo um espaço nunca aberto aqui pela
nossa cidade. Pois nossa meta é criar um evento onde durante 4 dias o público
possa absorver o máximo de arte e cultura. Acredito que aqui por nossa região há
muito poucos eventos neste nível, sendo que não temos apoio governamental e nem
mesmo de empresas ou particulares. Dessa forma o evento se torna muito especial
em se firmar pelo segundo ano em SÃO FRANCISCO DO SUL. Vamos ter contadores de
história, malabares, músicos solo, bandas autorais, apresentações de grupos de
danças folclóricos, bandas renomadas em festivais nacionais, oficinas de arte,
oficinas de artesanato, palestras, teatros, artes em fotografia, pintores,
dançarinos, palhaços, artesões e por ai vai. Uma infinidade de artistas todos
juntos em meio a natureza durante 4 dias e tudo acontecendo durante 24 horas. Se torna muito especial para nossa região,
abrindo um pouco mais o leque de oportunidades para os artistas locais e
regionais para se apresentarem para pessoas do Brasil inteiro. Assim com o passar do tempo mais e mais
eventos desse nível vão surgindo e automaticamente a cena local vai se enriquecendo.
[Grito Coletivo] Como vê a participação das
bandas locais no evento?
[Daniela Nunes] R. Acabamos de abrir as
inscrições para as bandas que querem mostrar seu trabalho vai do dia 19 de
Fevereiro até o dia 13 de Março de 2016. Acredito que teremos muitas bandas da
nossa região escritas, queremos sim dar a oportunidade do nosso povo mostrar o
seu talento. Um exemplo lindo a ser
lembrado do ano passado foi da banda PÉ DE BRUXA, eles são ótimos e não estavam
com um projeto autoral completo ai vieram se apresentar no edição do ano
passado do festival, pós festival a banda se sentiu estimulada ainda mais com o
apoio do público durante a apresentação deles no festival e esse ano acredito
que eles voltam ao festival com uma linda apresentação totalmente autoral. Então
como essa banda acredito que muito outras também se sentiram estimuladas a
ensaiar a se dedicar em prol de um evento tão magico e que também vai trazer
muitas experiências musicais e também existe amplas possibilidades de se surgir
outras bandas com essa troca de experiências.
[Grito Coletivo] Além da organização do
festival você é responsável pela gerencia do Dunas Arte Bar, responsável
por grande parte da movimentação da cena
musical local, como é estar gerenciando as duas mais importantes frentes
gestoras da cena São Chicana?
[Daniela Nunes] R. Sobre o DUNAS arte bar,
montamos um bar todo estilo alternativo para poder usar como casa de show e
também ajudar a abrir a cena musical com as bandas locais, mas devida a esta
crise que o nosso país está enfrentando tivemos que fechar as portas e aguardar
mais algum tempo para que esse sonho se torne realidade.
[Grito Coletivo] Quais as bandas já
confirmadas para a 3ª edição?
Dunas Arte Bar em noite de casa cheia. |
[Daniela Nunes] R. Para a edição a banda CONFRARIA
DA COSTA, rock pirata, banda que traz consigo um baita apresentação com trajes
diferenciados e um show muito dinâmico e divertido. A outra banda é a PIGS
& DIAMONDS banda essa que faz
tributo a PINK FLOYD trazendo consigo o melhor do PINK FLOYD. Outra banda é
SOPRO CÓSMICO. E olha que noticia linda, essa banda acabou de tocar no maior
festival alternativo do Brasil o PSICODALIA e agora fazem parte do corpo de
bandas. Outra também confirmada é a APICULTORES CLANDESTINOS. Esses caras são
simplesmente demais e aquele mel de garrafinha que eles trazem é uma delícia e
eles também se apresentam no PSICODALIA 2016. Teremos a linda apresentação do
FILIPE BURGONOVO com seu violão magico que nos permite ouvir todos só seus sentimentos
expresso em melodias. Confirmada também a banda HARVAU, banda de 3 amigos formada
em SÃO CHICO. Trazem consigo a levada do rock n roll. Até o momento são as bandas confirmadas.
[Grito Coletivo] Antes do Festival e do Dunas
você já vinha fazendo parte da cena gestora de cultura da cidade provento
outros encontros artísticos e articulando o intercambio de artistas. Depois
destas experiências é possível identificar o principal problema e um caminho
para uma maior eficiência da música São Chicana?
[Daniela Nunes] R. Bom melhorar nossa linda
cidade deve melhorar em todas as áreas, SÃO FRANCISCO DO SUL tem 512 anos de história
e não tem se quer uma LEI DE INCENTIVO A CULTURA. Precisamos ser vistos! Essa cidade tem um potencial enorme, cidade
história com um povo super acolhedor e trabalhador. Uma cidade com um dos
portos com mais movimento de carga do estado. Em nossa cidade temos várias
bandas de música autoral e covers, grupos de danças, grupos folclóricos, grupos
de teatro, compositores e muitos mais. Existe um verba destinada a aplicação na
disseminação da cultura no país e nós não conseguimos nada por não ter essa lei
em nosso Município. Me pergunto porque será? Sou esposa de um compositor EDSON
BERNSTORFF, musico e compositor, entrei neste mundo de arte, música e cultura a
8 anos e gostaria muito de ver uma cena cultural mais desenvolvida na nossa
cidade. Um artista apoiando o outro,
acredito que com o movimento que o festival vai trazer pra cidade algumas
parcerias surgiram.
[Grito Coletivo] Quais os objetivos para
2016?
[Daniela Nunes] R. Nem sei direito rsrsrs. Na verdade minhas metas esse ano são conquistar o
máximo de paz possível, viver um dia de cada vez, respeitando o meu próximo
fazendo o que puder para disseminar arte e cultura aqui em nossa região. Me
envolver o máximo com arte. Trabalhar bastante, curtir alguns festivais durante
essa ano, buscar mais informações importantes para conseguir ter um evento
muito lindo e magico como o festival não vai ter coca. Criar e organizar um
festival juntamente de amigos queridos um evento voltado para o público lgbt
evento esse que será em SÃO PAULO. E o futuro só que sabe é Jah J
Abaixo você pode conferir um documentário feito logo após a edição de 2015.
Dani Nunes
47 9947-6010
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