quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A hora e a vez do autoral São Chicano.

A melhor maneira de medir uma cena musical, em minha opinião e sem desmerecer ninguém, é pela quantidade de material autoral lançado. A música autoral tem um processo específico e nada fácil de se completar.

Primeiro EP da Pé de Bruxa.
O caminho de transformar um lampejo em melodia e frases num pedaço de papel, até uma ou mais músicas gravadas, arranjadas e até prensadas é longo, difícil e apesar de mais barato que em outros tempos, caro.  
Primeiro EP Tiago Constante.
Ainda lembro no ano de 2000, quando ainda tocava praticamente só covers com minha banda, o choque que foi ver a banda PLAM lançando seu primeiro disco só com autorais. Eu mesmo, desde a minha primeira composição, levei quase 20 anos para lançar meu primeiro EP. 

 PLAM primeiro disco autoral da cena 
E tem também a Abissal que conseguiu fazer suas muitas fitas e cds chegarem bem longe e eu acho um marca página na história do autoral São Chicano.

Abissal fazia acontecer..
Depois da banda PLAM foram quase duas décadas até que pudéssemos ver vários artistas da nossa cena alcançando este êxito num mesmo período: Thash Avenger (2013), Harvau (2013), Tiago Constante (2015), Death King (2014), Paulo Reis (2013 e 2015), Pé de Bruxa (2015), 

Paulo Reis e seu segundo disco!
Clã do Subúrbio, Manicômio, Makavélico, Edson Bernstorff, Pedro Denis, Davi Winter, Kid Natasha, Banda Tora, ShakurMC, Refúgio Rock, First Date, Realeza, Heryn Dae e Lily Bumerants. 

Clã autoral a mil.
Salve especial para a banda Thrash Avenger, do parceiro William Goulart, que na minha opinião abriu a porteira e fez um trabalho especial. Além de um cd prensado, gravou um clipe muito bem produzido.
Primeiro cd da Thrash Avenger
Dunas Arte Bar, palco do autoral São chicano.
Não seria possível alcançar este exito sem duas peças fundamentais e atuantes na cena atual: 2K Estúdio, que é a peça chave para toda esta produção que rola na cidade e Dunas Arte Bar que é o palco onde todos os artistas tem espaço e respeito garantidos! Abaixo tem todo o portfólio do 2K Estúdio, são mais de 80 músicas! 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A 6 anos nascia a Ecos Cultural!

O panorama 
A realidade artística em São Chico sempre foi: ótimos artistas e cena fria. Num resumo curto e grosso: um evento ou dois por ano e nenhum reconhecimento do nosso cenário rock pelas mídias de informação e muito menos pelo poder público. Décadas de bandas surgindo e sumindo numa velocidade desanimadora, deixando poucos registros. A realidade era essa, era sentar e ver o ciclo se repetir.
Parte da Diretoria da Ecos em reunião!
Nessa necessidade e vontade de aquecer a cena musical desenvolvi, junto com o Tiago Constante, várias ações e projetos, incluindo um circuito de música independente, que criaria uma agenda para que a cena tivesse circulação de bandas de todos os estilos ao menos uma vez ao mês, durante o ano todo. Estas ações incluíam também criar ou desenvolver setores importantes para a evolução da cena: vídeo, fotografia, gravação, produção e etc. Para isso precisaríamos tentar reunir não só os músicos, mas toda a cadeia produtiva da música aqui da cidade. Então resolvemos criar a associação. Neste processo, descobrimos que um grupo já havia, um ou dois anos antes, tentado criar uma, mas sem sucesso. Então resolvemos partir dai, com eles e de onde haviam parado. Nascia ai, há 06 anos atrás, a Ecos Cultural, primeira associação do Rock Francisquense, que apesar da curta vida, pouco mais de 02 anos, mostrou, pelo bem e pelo mal o que um grupo pode fazer por uma cena.
Banda Harvau no Rock Island.
E foi nesta realidade que em 2009 surgiu a Ecos Cultural. Pela primeira vez não só se encarava sem medo  a cena, mas tentava-se compreende-la. Pela primeira vez se enxergava uma cadeia produtiva, analisava-se, encontravam-se os problemas e buscava-se, em grupo, encontrar as soluções. Era a primeira vez, e sem volta, que se via a cena e todos que faziam parte direta e indiretamente dela.


O bem
O resultado foi a realização de 08 projetos que resultaram na viabilização de mais de 40 shows de rock apenas nos 12 primeiros meses de atuação. O primeiro estreitamento entre a classe e poder público. Abriu espaço e mostrou a cena para os principais jornais e mídias de informação do estado. O primeiro cadastramento dos artistas do município. Um primeiro contato e preocupação com a documentação histórica, fotográfica e cinematográfica da classe musical da cidade. Sem contar as inúmeras e importantes articulações e intercâmbios que rendem frutos até hoje. Este foi um resumo do que de bom pode-se conseguir com um grupo focado e disposto a trabalhar por um objetivo.

Banda Kid Natasha no Grito Rock São Chico.
O mal
Lógico que inserir a burocracia de uma associação e tentar entender e dar vida a um mercado inexistente e sem capital em um grupo de artistas cobraria seu preço e logo os 12 meses seguintes mostrariam bem isso. As diversas filosofias do que uma associação deveria ou não ser, começaram a desmembrar o grupo que aos poucos mais criavam problemas do que conseguiam resolve-los. E a Ecos não passou dos seus 02 anos, tempo permitido por estatuto, que um presidente e sua junta fizessem seu trabalho, até a próxima eleição. 

Banquinha montada nos eventos para a
comercialização e divulgação dos
 materiais das bandas.
A reação em cadeia
Nem tudo se perde e com o fim da associação vários grupos nasceram e decidiram que poderiam realizar seus próprios projetos, da maneira que acreditavam ser a mais correta. Outros não atuam mais na arte. De um fim aparentemente truculento se deu uma reação em cadeia que rende lentamente frutos ainda hoje.

Paulo Reis em entrevista com Humberto 
Gessinger para a revista Grito Coletivo.
Várias bandas decidiram fazer por conta e canalizaram ainda mais suas forças na viabilização dos próprios shows e alguns tentaram em grupo. Um destes foi o Grito Coletivo, que numa tentativa, menos burocrática, agrupava por interesse real no trabalho com a cena. Faziam parte do Grito Coletivo: 2K Estúdio, primeiro Estúdio de gravação a produzir a cena autoral da cidade. Continua seus trabalhos primorosamente até os dias atuais. Rock Island, bar rock que abrigou vários dos projetos e shows realizados no período de atuação do coletivo. Película Rock, primeiro coletivo interessado em juntar e produzir conteúdo audiovisual da cena rock São Chicana. Mesmo a passos lentos continua seus trabalhos. My Owl Things, design, fotografia e audiovisual altamente artístico que atua até os dias de hoje. (In)Constante Arte independente, produtor de conteúdo artístico que atua também até os dias de hoje. Rockilha Instrumentos Musicais, loja que à 13 anos apoia e patrocina muitos dos projetos da cena artística francisquense. O resultado desta união? Em um ano 06 projetos que viabilizaram mais de 22 shows de rock, uma revista digital e criou, fomentou e distribuiu muita informação e aprofundou ainda mais a relação com os jornais e mídias de informação do estado.  

Equipe Película Rock/2K Estúdio/
My Owl Things/(in)Constante Arte 
Independente e banda Thrash 
Avenger na gravação do clípe Chronos.
No fim das contas
Desavenças a parte, todos nós sabemos que certos preços são necessários serem pagos para que futuramente possamos alcançar certos objetivos. É preciso dar inicio para que outras gerações tenham o que dar continuidade. Já é dito por ai que quem não conhece sua história está fadado a repeti-la.



Ecos Cultural - http://ecoscultural.blogspot.com.br/
Rock Island - http://www.rockislandfestival.blogspot.com.br/
Grito Coletivo - http://gritocoletivo.blogspot.com.br/
Película Rock - http://pelicularock.blogspot.com.br/
2K Estúdio - http://www.2kestudio.com.br/
(In)Constante - http://inconstantedesign.blogspot.com.br/2013/02/inconstante-arte-independente.html
My Owl Things - http://myowlthings.blogspot.com.br/

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Paulo Reis na Coletânea Folk Music Brazil


O projeto Folk Music Brazil, do selo paulista M4Music, anunciou ontem (21/10) a música "Cidades pequenas cidades" do músico e compositor Paulo Reis, como uma das vencedoras do concurso "Coletânea Folk Music Brazil". Além de Paulo Reis, outros 3 artistas de São Paulo foram anunciados como ganhadores do concurso. São eles: MonoclubFolk na Kombi e Devonts. Com isso o single tem seu lançamento pelo selo marcado para o dia 30 de outubro e a data prevista para o lançamento da coletânea é 27 de novembro deste ano. Além disso single e coletânea terão divulgação exclusiva pela Rdio!