domingo, 28 de fevereiro de 2016

Nuvem: a retomada.

A banda Nuvem, formada em 2006, tem como integrantes Doga (guitarra e voz), Jan (baixo e vocais) e Jô Barba (bateria e vocais). Todos são bem conhecidos na cena São Chicana. Com esta formação a banda iniciou em 2015 seu trabalho autoral e vem ganhando espaço rapidamente e se tornando uma das bandas mais atuantes da cena atual. Doga também tem um belo histórico como produtor, tendo realizado vários festivais importantes ao longo dos últimos 15 anos.  Por Paulo Reis.

[Grito Coletivo] Ano de formação da banda?
[Nuvem] (Jan) A primeira formação em foi novembro de 2006, então 2010 com a saída de um integrante ficamos um período parados. E finalmente 2014 retornamos como trio.

[Grito Coletivo] Que som vocês vem fazendo?
[Nuvem] (Jô) Estamos trabalhando em dois projetos paralelos: Estamos compondo e solidificando nosso repertório de covers.

Nuvem no Bar do Museu.
[Grito Coletivo] Quais as influências para o som de vocês?
[Nuvem] (Jô) No caso das músicas autorais podemos dizer que temos uma forte tendência à sonoridade Grunge e o rock brasileiro dos anos 80/90. E no nosso repertório de covers trabalhamos vários estilos dentro do universo do Rock.

[Grito Coletivo] A banda parece estar num ótimo momento, ao que se deve?
[Nuvem] (Doga) Acredito que o principal é a amizade e o respeito que cultivamos durante esses longos anos. Aprendemos a trabalhar como banda, no sentido da responsabilidade, dedicação e compreensão. (Jan) Com isso você junta os ensaios regulares, apresentações agendadas e novas canções sendo compostas. (Jô) É isso motiva e solidifica cada vez mais o grupo. 

[Grito Coletivo] Grande parte da sua carreira foi com o violão como instrumento central, como foi esta transição para a guitarra?
[Nuvem] Estou aprendendo a lidar com o conjunto Guitarra + Cubo + Pedais de Efeito. No meu caso sou a única guitarra e o vocal principal na Nuvem. É um desafio controlar as duas funções, porém estou aprendendo um pouco a cada dia. No meu tempo.  

[Grito Coletivo] Como o público tem reagido aos sons autorais nos shows de vocês
[Nuvem] (Jan) Reage bem, né? (Doga) Sim, geralmente o público que sai pra noite não costuma prestar muito atenção nas canções autorais. Porém tenho notado que nossos sons têm agradado. E sempre tem alguém que presta atenção e ai a noite valeu a pena!

[Grito Coletivo] Já estão em estúdio trabalhando material, é isso mesmo?
[Nuvem] (Jô) No início de março começa nosso contato com estúdio. (Doga) No momento estamos compondo, porém já temos 5 canções autorais que incluímos nas nossas apresentações regulares.

[Grito Coletivo] Diogo, você sempre este envolvido com gestão e produção, e realizou importantes festivais no início dos anos 2000, continua engajado e qual a importância do músico com este tipo de trabalho?
[Nuvem] Acho que o trabalho que fizemos naqueles festivais foi importante para plantar algumas sementes. Mas hoje minha participação dentro da cena está mais focada em realizar um trabalho de qualidade com a Nuvem. Mas ainda penso muito em como ajudar a nossa cena. Por exemplo: penso que o músico que não está no palco passa a ser público também, e se esse pessoal que gosta de música (isso incluo a nuvem também) fosse mais presente nas apresentações das bandas locais os bares cresceram e consequentemente os músicos terão mais mercado.  Acredito que ações mais simples, porém coletivas tem maior poder do que o sacrifício individual.

[Grito Coletivo] Em 2015 você esteve à frente do Encontro de Bandas, no Café Museu, como analisa o resultado?
[Nuvem] Eu ajudei, mas não posso dizer que estive a frente. Os créditos eu deixo para o Jan e o Nahuel (Undergraal) que correram atrás e organizaram os encontros. (Jan) O Primeiro evento seria uma apresentação informal, só para amigos mesmo. Então conversei com o Cesar que era o responsável pelo Café do Museu ele cedeu o espaço e decidiu abrir o evento ao público. A resposta foi muito positiva tanto para as bandas quanto para o bar. E motivou o segundo que foi preparado para ser realmente um evento focado no público. (Jô) E dali nasceu uma parceria/amizade entre as bandas Nuvem e Undergraal.  

[Grito Coletivo] O projeto continuará este ano?
[Nuvem] (Jan) Não sei. A vontade das bandas é sim realizar novamente o encontro. Expandir a novos convidados e formatos. Porém houve uma fatalidade no final do ano passado que foi o falecimento do Cesar (Responsável pelo Café do Museu). Ele foi fundamental para a realização dos dois eventos. (Doga) Estamos conversando sobre realizar um evento esse ano para homenagear o Cesar. Mas não tem nada definido ainda.

[Grito Coletivo] Depois de uma década atuando na cena local, quais as principais mudanças conseguem identificar na cena atual?
[Nuvem] (Jô) Um crescimento na quantidade e variedade de bandas. Hoje na cidade temos grupos de Rap, várias bandas de Rock, Reggae, Pop, etc. (Jan) E o pessoal tá bem mais preocupado com a qualidade também.

[Grito Coletivo] As coisas ficaram mais fáceis desde lá?
[Nuvem] Não. Ser músico no Brasil é um desafio extremo tanto financeiro como artístico. Ai você traz isso para realidade da nossa pequena cidade do interior só maximiza as dificuldades. Mas o importante é continuar seja por diversão ou profissionalismo.

[Grito Coletivo] Qual a maior deficiência e a maior eficiência da música São Chicana?
[Nuvem] De positivo é a matéria prima! Temos músicos brilhantes, poetas incríveis e até um pessoal empreendedor. De negativo pesa mais o fato de São Francisco do Sul ter um potencial turístico/cultural enorme e não desenvolver esse segmento. O que praticamente obriga o pessoal a sair daqui para crescer.

[Grito Coletivo] Quais os objetivos para 2016?
[Nuvem] Continuar trabalhando é o principal. Sendo compondo ou tocando por ai. 


Contato
Jan (47) 8422-1684 -  janilson.alves@gmail.com
Doga (47) 8461-2226 – camposdelima@gmail.com
Jô Barba (47) 8420-1377 - jonilton@gmail.com

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